CASA B


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR
Rua das Barracas, Lisboa, Portugal
2018-2019

Arquitectura: Arqº. Mário Lopes 
Especialidades: Engº. Emanuel Correia / Strong Lines
Área Bruta: 225,00 m2
Cliente: Softxperts, Lda.
em obra

A intervenção abrange dois lotes independentes de reduzidas dimensões, que serão emparcelados de forma a proporcionar a construção de um edifício de  unifamíliar.
Para além de estar inserida em Zona Classificada (Zona de Protecção dos Imóveis do Campo Mártires da Pátria / Campo Santana), as características do arruamento impunham um especial cuidado na abordagem de projecto, de forma a contribuir para a valorização arquitetónica, urbanística, patrimonial e ambiental da área e do conjunto edificado em que se integra, pretendendo-se que a edificação tenha uma linguagem contemporânea, assumindo a sua época de construção como parte da evolução do tecido urbano em diálogo com as construções existentes pela relação volumétrica, escala urbana, ritmos estabelecidos pela relação de “cheios/vazios” definida pela fenestração proposta e materiais de acabamento.

Desta forma, a edificação desenvolve-se num único volume, com dois pisos distinguidos visualmente pela utilização de cores e materiais de acabamento distintos: 
Na fachada do piso térreo optou-se por betão arquitectónico colorido na cor “tijolo” por se tratar de um material pigmentado na sua massa, o que nos remete para os pigmentos tradicionais (neste caso o óxido de ferro) e confere à fachada a vibração da textura conferida pela cofragem em tabuado de “solho”, expondo o processo construtivo utilizado, e contrapondo-se à fachada do piso superior onde está previsto um reboco estanhado afagado á colher (pintado de branco) de forma a expor também o processo de acabamento.
Esta marcação dos pisos por volumes visualmente distintos tem como objectivo fraccionar a fachada dois planos numa escala que se entende ser a adequada à da envolvente.


No que se refere à fenestração, são propostas janelas de peito e de sacada cujas dimensões e proproção entre altura e largura do vão são aproximadas das da generalidade dos vãos dos restantes edifícios da frente edificada e características da cidade de Lisboa. 
A distribuição destes vãos pela fachada não estabelece uma regra de alinhamento ortogonal nem um distanciamento uniforme por se ter entendido que a volumetria e dimensão do edifício proposto deveria remeter para uma certa organicidade característica das construções pré-pombalinas, uma vez que as referencias que encontramos no local de edifícios posteriores a esta época – pombalinos, prédios de rendimento e construções industriais de finais do sec. XIX / inícios do sec. XX – apresentam volumetrias bastante superiores e desadequadas a ser tomadas como referência para o presente projecto.






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